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Duovizinhenses estão participando de missão técnica em Minas Gerais

quarta, 24 de setembro de 2025

Visitas abrangem os municípios de Santa Rita do Sapucaí e Itajubá, em região é considerada o vale da eletrônica ou até o vale do silício brasileiro.

Entre quarta-feira, 24, e sexta-feira, 26 de setembro, uma comitiva de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão está participando de uma missão técnica em Santa Rita do Sapucaí e Itajubá, na região Sul de Minas Gerais. A ação foi pensada pelo Sistema Regional de Inovação do Sudoeste do Paraná em parceria com o Sebrae e conta com membros dos poderes públicos municipais e entidades. “Tem sido uma experiência incrível poder conhecer a história, o ecossistema dessas duas cidades onde as hélices todas funcionam, seja a governança, a educação, o setor privado e entidades. É interessante o quanto eles desenvolveram essa parte, principalmente, das questões de eletroeletrônicos voltados para saúde, pet e agricultura”, resumiu Josiane Grando, do Conselho Municipal de Inovação de Dois Vizinhos. “Dentro da governança eu tenho que promover missões técnicas, buscar capacitar as lideranças mostrando boas práticas e motivando os membros a participarem e conseguimos, juntamente com o Sebrae e a equipe de Beltrão, fazer essa viagem para buscar esse conhecimento e boas práticas”, completou. De Dois Vizinhos, estão na comitiva, além de Josiane, Barbara Viganó (diretora da indústria), Luiz Carlos Peretti (DV 2040), Wellington Guandalin (Ciklo2Vizinhos), Adriano Radaelli (Agência de Desenvolvimento Regional), além de Ademir Sbardelotto, o Sebinho, diretor de indústria, comércio e serviços, e Marcos Glauco diretor de tecnologia da informação da prefeitura de Dois Vizinhos. “Nós percebemos que o movimento que foi realizado aqui é fácil de ser replicado no nosso município. Nós temos várias diretrizes e tá faltando apenas a união delas, integrar empresas, Sesi, Senai, Sudotec, prefeitura para tirarmos do papel esse parque tecnológico. Dois Vizinhos pode também ter um parque tecnológico aberto integrando todas as empresas, sejam indústrias, comércio local e isso vai ajudar a fomentar recursos para crescimento de todas as empresas. Tudo pode ser integrado numa sinergia que vai ser essencial para o crescimento do município. A partir do momento que começa a subir, todo mundo sobe junto. Não podemos nivelar grande, médio ou pequeno, todos crescem juntos”, disse Bárbara Viganó.

Os municípios

O processo para consolidar Santa Rita do Sapucaí como polo de tecnologia no país começou em 1959, com a criação da Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa (ETE FMC), primeira escola técnica de eletrônica de nível médio da América Latina. Em 1965 foi inaugurado o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), voltado para ensino e pesquisa em telecomunicações. Outras instituições, como o Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação e unidades do Sesi e do Senai complementaram a formação de mão de obra especializada. O município possui um Arranjo Produtivo Local (APL) de eletroeletrônicos com mais de 150 empresas, responsáveis por cerca de 14 mil empregos. As empresas atuam em segmentos como eletrônica, informática, telecomunicações e automação.

Em 2021, a cidade foi certificada pelo governo de Minas Gerais como Parque Tecnológico Aberto, com benefícios fiscais e acesso a linhas de financiamento. No âmbito municipal, o Programa de Inovação Tecnológica (Prointec) apoia incubação, aceleração de empresas e participação em feiras. Há também iniciativas ligadas às instituições de ensino para fomentar pesquisa aplicada e empreendedorismo. Santa Rita do Sapucaí exporta produtos tecnológicos, recebe eventos especializados e sedia projetos de inovação, como a Casa 5G, em parceria entre o Inatel, a TIM e a Ericsson. O município também realiza eventos como o HackTown e mantém incubadoras de empresas. “Santa Rita tem um conceito onde a cidade que é considerada um parque tecnológico aberto. Os atores são integrados e as coisas fluem de forma natural. O município é o berço da eletrônica, tem muito fomento na criação de produtos e equipamentos. Estamos visitando entidades buscando pegar as boas práticas e entender o que foi realizado aqui que pode ser replicado na nossa região. Temos muito potencial, muita coisa pode evoluir, mas também temos situações que estamos à frente e é bom ter esse comparativo para analisar e entender como levar nossa região para ser referência nacional”, explicou Cledson Lodi, secretário de ciência, tecnologia e inovação de Francisco Beltrão.

Já Itajubá consolidou-se como centro de tecnologia e inovação a partir da atuação da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) que foi fundada em 1913 como Instituto Eletrotécnico e Mecânico de Itajubá, sendo uma das pioneiras no ensino de engenharia elétrica no Brasil. Atualmente, a instituição e mantém cursos de graduação, pós-graduação e programas de pesquisa. O município conta com o Parque Científico e Tecnológico de Itajubá (PCTI), resultado de parceria entre a prefeitura, a Unifei, o governo de Minas Gerais e o setor privado. O parque abriga empresas, startups e centros de pesquisa voltados para áreas como energia, tecnologia da informação, automação, aeroespacial e saúde. A cidade também participa de projetos de cooperação internacional em inovação.

Fonte: Assessoria

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